Após conquistar-nos com sua temporada de estréia e o charme peculiar de sua protagonista, Covert Affairs retornou para uma segunda temporada muito mais segura e mais confiante. Toda esta segurança gerou uma temporada estável, que por vezes alcançou o apice mas que nunca permitiu que o ritmo diminuísse. Não fora só o roteiro que mostrou mais segurança no que estava por fazer, Piper Perabo manteve sua ótima atuação e isto incentivou todos os membros do elenco a subirem seus níveis. A direção e fotografia também mantiveram um nível exemplar e nos trouxe belas cenas e belas paisagens por toda a temporada.
Mas ainda assim continua faltando algo em Covert Affairs. Não se enganem, adoro a série, mas sinto falta de uma trama maior, um grande arco que possa fazer esta explorar todo o potencial que possui. Foram 16 episódios, mais fillers do que vale a pena contar. Sim, são episódios bons, mas que pouco desenvolvem a história ou os personagens, com uma trama mais complexa poderíamos ver estes desenvolvimentos acontecendo de forma mais natural e espontânea.
Mas talvez esta complexidade que tanto deseja poderia quebrar o clima casual que a série nos transmite, caso este não seja feito corretamente. Enfim, acho que até estou por reclamar demais, mas de qualquer forma esta temporada soube trabalhar melhor suas tramas, seus fillers e seus personagens principais, tornando esta superior a sua antecessora.
Uma das grandes tramas que foram exploradas nesta temporada fora o relacionamento de Annie com Danielle, após esta descobrir que a irmã é uma agente da CIA. Confesso que sempre esperei mais de Danielle e com esta trama não fora diferente, ter Anne Dudek interpretando uma personagem tão frágil e infantil é um desperdício.
Já quando o roteiro decidiu explorar o passado de Auggie é que fomos apresentando ao melhor que esta segunda temporada de Covert Affairs soube oferecer. Half a World Away fora o melhor episódio da série até o momento e soube explicar com perfeição o ocorrido a Auggie e as feridas internas que este possui. Acredito que se não fosse por este episódio, pouco entenderíamos sobre suas ações durante os últimos episódios da temporada.
Joan e Arthur continuam não sendo muito relevantes e até prefiro assim. Estes têm os seus momentos bons, mas também possui os momentos em que era-se preferível que estes desaparecessem. Assim como Jai, que apesar de apresentar uma das tramas mais importantes da série, continua sendo uma pedra no caminho. O personagem é chato e entediante ao extremo, e a atuação fraca de Sendhill Ramamurthy não ajuda as coisas a melhorarem.
No último episódio tivemos uma grata surpresa que deixou muitos fãs ansioso para o retorno da série. A possibilidade de termos Auggie e Annie juntos fora interessante, Annie já percebeu que possui algum outro sentimento além de amizade pelo rapaz, porém Auggie partiu para África e teremos que esperar o retorno deste para sabermos como ficará a relação deste excelente casal.
Enfim, fora uma temporada boa, Covert Affairs é um bom compromisso casual que nos divertir durante os seus 40 minutos. Claro, a série poderia ser um pouco mais, mas ainda assim estou satisfeito com o que a série apresentou ao longo desta e de sua temporada de estréia e assistirei a próxima temporada com um grande sorisso no rosto.
Artigo preparado por: Well Fernandes.