Curiosamente, o problema de “No Good Deed” é proceder o ótimo “Many Happy Returns”. Não que este seja um este episódio ruim, muito pelo contrario, ele prepara de forma satisfatória a série para a Season Finale, mas ele deixa uma pergunta no ar: será que todo episódio de Person será um clímax?
Não me entendam mal, estou aprendendo a gostar muito da série, mas tem vejo alguns problemas de planejamento, principalmente no que diz respeito à sucessão dos episódios. Em “Natsya Nyaya” tivemos um foco no Reese, mergulhando profundamente no passado do personagem, no episódio anterior tivemos novamente um episódio focado no mesmo Reese e na antiga parceira de operações. Nessa semana o foco mudou para o passado do Finch. Mesmo escolhendo mudar o personagem abordado, fazer episódios seguidos com alta carga dramática e mergulhado na psique dos personagens é uma escolha estranha para um procedural. Person não vai durar muito se quiser que todos os seus 23 episódios por temporada tenham ligação com o passado dos personagens e sejam cheios de informação relevante. Person precisa de bons fillers.
A série é um procedural, precisa de bons e divertidos casos semanais entre episódios de forte carga dramática. “Many Happy Returns” foi ótimo, mas poderia ter sido posto um ou dois episódios mais cedo na temporada e dar um respiro pra “No Good Deed”, que abre terreno para a Season.
Ao episódio em si, todo mundo sabe o quanto o Finch é reservado e a série faz questão de relembrar isso quando pode. Engraçado ver como Reese ainda persegue o companheiro, mesmo tendo passado uma temporada de parceria, isso remete ao foto de que o expectador pouco sabe de um dos seus protagonistas. O caso da semana serve como uma desculpa perfeita para conhecermos mais da máquina e do FInch.
O CPF é de Henry Peck, um analista financeiro muito discreto. Passado algum tempo de investigação descobre-se que esse analista é, na verdade, um super-espião que trabalha em um escritório do Governo responsável por antiterrorismo. Estranho? Pois é, pelo menos, o episódio fez com que essa reviravolta não pareça tão fantástica. O que é incrível é que conseguiram ligar Peck a maquina do Finch. O governo implantava nomes provindos da máquina nos relatórios de Peck para justificar operações, o que deu certo até Peck querer respostas.
Como Peck estava muito perto de descobrir a verdade sobre a máquina, enviaram um grupo de mercenários para matá-lo. Eu curti toda a cena em que o Reese apanha do sósia do Chuck Norris, na verdade, não posso reclamar das cenas de ação em Person. Todo o caso com Peck justifica os flashbacks de Finch e Nathan, assim como re-inserir a personagem Alicia Corwin (ex- chefe do Conselho Nacional de Segurança). Trazer a personagem Alicia aos flashbacks faz sentido no momento em que ela se envolve ao ouvir o dialogo final entre Peck e Finch. As informações fornecidas pelos Flashbacks parecem relevantes dentro do palco que a série armou para o fim de temporada. Quem são as outras pessoas que sabem da máquina? Curioso demais.
No fim, as investigações de Reese rendem a descoberta que Finch teve uma noiva, de quem ele se afastou por conta dos inimigos que a máquina lhe trouxe. No final, foi bonita a cena em que Finch tenta se convencer que o tempo que teve com a noiva foi o suficiente. Agora é esperar que essas informações sejam bem utilizadas nas Season Finale. Pelo menos “No Good Deed” cumpriu seu papel.
Este episódio teve como funçao principal nos mostrar um lado mais pessoal de Harold e acertara neste quesito. Porém o caso semanal foi um porre, muita enrolação para pouca revelação…
Atts