Após impressionar-me com um piloto precisamente inteligente, comovente e emocionante, Touch me decepcionara em seu retorno ao apresentar um episódio entediante e simplesmente comum na ultima semana. Então como será que olharíamos este terceiro episódio? Com a mesma expectativa que estava em relação ao segundo ou com uma expectativa zerada devido a decepção que o ultimo causou? Decidi olhar a Touch com um olhar comum, e não sei se fora isso ou não mas ao final do episódio encontrava-me satisfeito com o que vira.
O grande mérito de Safety in Numbers é o fato que o episódio se desenvolve além de Jake e Martin e nos apresenta um pouco mais sobre os seus personagens secundários e até mesmo uma pequena trama de fundo. E era exatamente isso que acreditei que estava por fazer falta a série, uma trama de fundo, algo que faça cada episódio ser único e fico feliz pelo fato desta não demorar muito para nos entregar algo.
O que há no quarto seis da instituição onde a relação de Jake e Martin está por ser avaliada conseguiu chamar o interesse desde o primeiro instante. Claro que já tenho alguns palpites sobre o que pode haver no quarto mas ainda é algo muito sensível, não possuo um bom argumento para fundamentar a minha teoria.
Arthur e Clea tiveram muito mais do que algumas falas durante o episódio e ambos já estão por demonstrar sinais de suas próprias tramas, deixando assim um pouco de lado o foco da série na relação de Martin e Jake. Para Arthur temos um acontecimento que abalou todas as estruturas do médico, algo aconteceu em seu passado e temem que o mesmo possa acontecer com este se encontrar-se envolvido com Jake. Já Clea carrega uma misteriosa trama sobre sua mãe, uma vez que esta encontra-se perdida e sabe-se lá se está viva ou morta. Enfim, acho válida as pequenas distrações que estas tramas podem trazer, apenas espero que estas não tentem ofuscar o que de melhor a série nos apresentou até o momento: a relação de Martin com Jake.
Já a relação de Martin com Jake pouco evoluiu, tivemos mais uma vez Martin correndo contra o tempo e o desconhecido em busca de descobrir o que mais um número dado pelo garoto significa. O caso desta semana fora superior em todos os sentidos ao caso apresentado semana passada e soube manter as coisas interessantes ao apresentar um enigmático personagem para desafiar ainda mais a mente confusa de Martin.
Para finalizar nos encontramos novamente com o celular mostrado no episódio piloto e até podemos presenciar algumas histórias paralelas envolvendo o mesmo. Acredito que ainda há muito a ser mostrado com este celular, não faço a mínima idéia de qual será a sua função para o decorrer da série, mas sinto que sua presença será fundamental para o desenvolvimento de algumas tramas.
Sim, estou muito mais confiante com Touch ao finalizar este episódio do que estava antes de assisti-lo. Acredito que finalmente a FOX conseguiu acertar em alguma de suas grandes apostas. Alcatraz fora um buraco sem fundo, Terra Nova um pílula capaz de te adormecer em cinco segundos e Touch realmente parece ser algo que vale a pena ser assistido. Vamos esperar o próximo episódio que lhe afirmo algo com muito mais clareza.
Artigo escrito por Well Fernandes.